A presidente do Instituto Social Que a Inclusão Vire Rotina, Viviane Lima, usou as redes sociais para manifestar indignação contra a Assembleia Legislativa do Amazonas, que nesta semana não aprovou a realização de concurso público para intérpretes da língua brasileira de sinais (Libras).
Viviane explica que os deputados que apoiam o governador Wilson Lima se abstiveram (deixaram de votar) na proposta que garantia o concurso público para intérpretes de Libras.
Sem o concurso público, os hospitais, delegacias e outros órgãos ligados ao governo do Amazonas continuarão sem profissionais para atender as pessoas surdas. A estimativa é que no Estado existam mais de 200 mil surdos com dificuldades para serem atendidos em órgãos públicos.
“Já existe uma lei, aprovada em 2010 pela Assembleia Legislativa, que obriga o governo do Estado a contratar estes profissionais. Porém a medida jamais saiu do papel’, relembra Viviane.
Agora, por causa do governador Wilson Lima e seus deputados, nem mesmo o concurso público será realizado, impedindo que os intérpretes de Libras sejam contratados. “Quero saber por que os deputados da base do governo votaram contra a proposta”, cobrou.
Viviane relembra que foi o governador Wilson Lima quem extinguiu a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped) e deixou milhares de pessoas com deficiência sem a devida assistência. A secretaria disponibilizava, por meio da Central de Libras do Amazonas, atendimento às pessoas surdas, que agora estão desamparadas.
Viviane destacou que apenas os deputados Dermilson Chagas, Wilker Barreto, Ricardo Nicolau e Sinésio Campos votaram a favor da realização do concurso público. Ela destaca que Wilker Barreto, Dermilson Chagas e Mayara Pinheiro são os deputados que mais defendem os direitos das PcDs.
Indignada, Viviane diz que a falta de compromisso dos parlamentares coloca em risco a vida dos surdos. “Fico indignada com a falta de respeito. É lei a contratação de intérpretes. A base governista se absteve no cumprimento dessa lei” disse Viviane.
Viviane destacou também que o Instituto Que a Inclusão Vire Rotina mantém o serviço de intérpretes, porém não supre a grande demanda, que cujo atendimento é uma obrigação do Estado.
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