‘Longa vida à Lava Jato’, deseja Moro

ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) desejou “vida longa” à Operação Lava Jato. Nesta terça-feira, 10, ele retuitou informações que a Polícia Federal divulgou sobre a fase 65 da ação. A Operação Galeria, rótulo da etapa 65, prendeu Márcio Lobão, filho do ex-senador e ex-ministro Edison Lobão (Governos Lula e Dilma), este também investigado por suspeita de propinas de R$ 50 milhões nas obras da Hidrelétrica Belo Monte, no Pará.

“Polícia Federal segue firme contra a corrupção e a lavagem de dinheiro. Longa vida à Operação Lava Jato”, tuitou Moro. O anseio do ministro por uma investigação mais longeva se dá em meio à saraivada dos opositores que lhe atribuem excessos enquanto atuou como juiz da Lava Jato.

Os investigadores suspeitam que ele lavou pelo menos R$ 10 milhões de propinas por meio da compra de obras de arte e de imóveis.

A fase 65 da Lava Jato, a que Moro se refere, investiga corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo negócios da Transpetro, subsidiária da Petrobras, e a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Segundo a PF, Edison Lobão (MDB/MA), ex-senador e ex-ministro de Minas e Energia (governos Lula e Dilma), e seu filho Márcio teriam recebido propinas entre 2008 e 2014.

Márcio Lobão foi alvo de um mandado de prisão preventiva cumprido nesta manhã no Rio. Segundo a PF, ele seria o responsável pelo ajuste de pagamentos e a coleta das propinas.

A Operação Galeria investiga crimes relativos ao contrato de construção de Belo Monte – já objeto de denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato – e irregularidades em mais de 40 acordos entre a Transpetro e um grupo de empresas do ramo de serviços ambientais – Estre Ambiental, Pollydutos Montagem e Construção, Consórcio NM Dutos e Estaleiro Rio Tietê.

Somados, os valores dos contratos com a subsidiária da Petrobras chegam à R$ 1 bilhão, indica o Ministério Público Federal no Paraná.

Segundo a Procuradoria do Paraná, as provas indicam que as propinas foram entregues em espécie em escritório de advocacia ligado à família Lobão, localizado no Rio.

A suspeita da PF é a de que os valores indevidos recebidos por Márcio Lobão teriam sido incorporados a seu patrimônio por meio de diferentes operações de lavagem de dinheiro – “transações sobrevalorizadas de obra de artes, inclusive em nome de laranjas, simulações de compra e venda de imóveis, simulação de empréstimos, depósitos fracionados em espécie e utilização de contas e transações financeiras no exterior”.

Defesas

Até o publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados.

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