Lucro do Banco do Brasil cresce 22,3% no segundo trimestre

O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido ajustado de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 22,3% em relação ao segundo trimestre de 2017. Em relação ao primeiro trimestre, houve elevação de 7,1%. Os dados foram divulgados hoje (9) pela instituição bancária.

No primeiro semestre do ano, o lucro foi de R$ 6,3 bilhões, um crescimento de 21,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O BB avalia que o resultado foi influenciado pelo aumento das rendas de tarifas, controle das despesas administrativas e menores provisões de crédito.

“Ano que vem, a tendência é de apresentar melhoras na margem, além dos três fatores [rendas de tarifa, despesas administrativas e provisões de crédito], dado o crescimento do crédito”, avalia Bernardo Rothe, gerente de relações com investidores.

Inadimplência

O índice de inadimplência de mais de 90 dias teve queda pelo quarto trimestre consecutivo, atingindo 3,34% no segundo trimestre. No mesmo período em 2017, a inadimplência era maior, de 4,11%.

“Temos feito um trabalho muito forte com relação à qualidade do crédito. O Banco do Brasil sempre teve a menor inadimplência do mercado. Tem a ver com custos de oportunidade. Numa situação como essa [crise econômica], o Banco do Brasil, por natureza, é mais conservador. Mas podemos ser mais ousados”, disse o presidente da instituição.

As rendas de tarifas, influenciadas principalmente pela linha de conta corrente, tiveram aumento de 7,2% no primeiro semestre do ano. As tarifas relacionadas à administração de fundos representaram aumento de 13,2% nos primeiros seis meses do ano.

Crédito

A carteira de crédito ampliada teve crescimento de 1,5% na comparação com o primeiro trimestre, dividida em 38,4% para pessoa jurídica, 27,7% voltado à pessoa física, 27,7% para o agronegócio e 6,4% ao mercado externo.

A carteira de agronegócios teve alta de 2,1% em relação ao trimestre anterior. O crédito rural do BB cresceu 5,1% sobre o primeiro trimestre. O banco disponibilizou R$ 103 bilhões para a Safra 2018/19.

Ações para funcionários

O Banco do Brasil anunciou que vai distribuir 295 mil ações para todos os trabalhadores da ativa. Segundo o presidente do BB, os funcionários não terão de pagar taxa de custódia e as ações valerão até o final do contrato de trabalho com o banco. Com valor simbólico, o objetivo da distribuição de ações é melhorar o engajamento dos empregados, de acordo com Caffarelli.

Expectativas

O presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse que prevê para o banco uma rentabilidade no mesmo patamar dos concorrentes privados, a partir de aumento do crédito e qualidade nos serviços. “Estamos convictos de que o segundo semestre será mais forte que o primeiro”, disse.

Caffareli negou que as instabilidades do período eleitoral possam interferir nos resultados da empresa. O presidente do BB disse que as declarações de presidenciáveis sobre privatização de bancos públicos não afeta o seu trabalho. “Eu não perco um segundo do meu sono, porque independente de ser um banco público, ou, se um dia vier a ser um banco privado, o BB está numa rota de consolidação”, disse.

Caffarelli admitiu que os problemas do país no segundo trimestre, como a greve dos caminhoneiros, impactaram negativamente os resultados. “O importante é que [o BB] vai crescer, mesmo que em menor patamar”, afirmou. http://agenciabrasil.ebc.com.br

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