O Instituto Lula publicou uma nota negando que o ex-presidente tenha criticado o posicionamento de Dilma Rousseff e considerou “lamentável” a Folha de S.Paulo atribuir a ele declarações que não foram feitas. Confira a nota da assessoria de imprensa: Hoje, mais uma vez, o jornal Folha de S.Paulo atribuiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarações que não foram feitas por ele em público ou em privado. É lamentável a reincidência do jornal em invencionices. Apenas desinforma seus leitores e conspira contra a verdade.
NOTÍCIA ORIGINAL
O ex-presidente Lula teria dito reservadamente a Dilma Rousseff que ela “agiu por impulso” ao colocar em xeque o parecer técnico e jurídico utilizado como base para decidir a compra de uma refinaria norte-americana pela Petrobras em 2006. Com receio de um desgaste político, o posicionamento de Dilma acabou sendo um “tiro no pé”, de acordo com a opinião de Lula, pois teria trazido a crise que antes estava na Petrobras para dentro do Planalto. Depois das reações negativas do partido e do próprio governo, a presidente fez uma retratação sobre seu posicionamento, afirmando que, na época, a compra da refinaria parece ser vantajosa.
O valor do negócio é um dos motivos das investigações sobre a compra: a Petrobras pagou US$ 360 milhões por metade da refinaria norte-americana em 2006, sendo que, um ano antes, a unidade inteira havia sido adquirida por US$ 42,5 milhões por uma empresa belga. Mais tarde, o governo gastou mais US$ 820,5 milhões para comprar a outra metade da planta – uma obrigação que surgiu por causa de uma cláusula contratual determinando que, em caso de disputa judicial entre os sócios, um deveria comprar a parte do outro.
Com objetivo de justificar seu voto a favor da compra da refinaria em 2006, Dilma Rousseff teria declarado que o parecer técnico e jurídico que serviu como base para a decisão era falho por não conter informações justamente sobre essa cláusula, acrescentando que seu voto seria outro caso soubesse desse “detalhe”.
