A Argentina está passando por um período de mudanças profundas, mas decidiu enfrentar essa fase com humildade e sem pegar atalhos, afirmou nesta terça-feira (25) o presidente argentino, Mauricio Macri, em seu breve discurso na Assembleia-Geral da ONU.
Macri falou durante dez minutos a um plenário com cerca de metade dos lugares vazios. Ele abriu o discurso abordando superficialmente a crise argentina e sem mencionar a renúncia do presidente do banco central argentino, em meio à forte turbulência cambial que atinge o país.
“Nosso país está passando por um período de mudanças profundas. Decidimos atravessá-lo com a humildade para aceitar as dificuldades e com a convicção de fazer os esforços corretos”, disse o presidente. “Sei que o esforço é grande e quero agradecer a cada argentino por isso.” Macri ressaltou que o país decidiu mudar sem pegar atalhos e sem comprometer o futuro. Ele também tentou assegurar que a Argentina é um parceiro confiável da comunidade internacional e mediador político regional e global.
Neste contexto, ele chamou a atenção para a crise migratória da Venezuela e pediu que a ditadura de Nicolás Maduro reconheça a gravidade da situação humanitária que o país enfrenta.
Ele também afirmou que vai denunciar a ditadura venezuelana ao TPI (Tribunal Penal Internacional), a exemplo do que fez o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe em 2010 contra o então presidente venezuelano, Hugo Chávez (1954-2013).