Nada menos do que 2.269 concursados em 2014 para preenchimento de cargos na Secretária de Saúde (Susam) cansaram de esperar, como bons carneirinhos, pelo bom humor do governo e, como forma de protesto, prometem acampar em frente à sede do órgão até que os seis direitos sejam atendidos na forma da lei.
De acordo com a comissão dos concursados, o governador Amazonino Mendes (PDT), não só tem deixado de cumprir com a palavra empenhada nas eleições suplementares de 2017, mas ignora, flagrantemente, as recomendações do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de nomear os aprovados todos os Classificados da Rede (Manaus e Interior) e Fundações.
Segundo a comissão, do total de 2.269 aprovados o governo convocou apenas 429 no mês de fevereiro, embora tenha se comprometido em nomear em mais duas chamadas, ou seja, em março e em junho, os demais concursados.
Apesar de não faltar recursos para despejar aos camburões nas mãos de 61 prefeitos do interior do estado, que mantém sob controle obediente e fiel um curral eleitoral, Amazonino Mendes, conforme a comissão, tem alegado impedimento de nomear devido as rigorosas exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Entre melhorar a saúde e agradar prefeitos, o governador não hesitou ficar com os donos do votos. Esquece o governador que nós, também, temos votos e não são poucos. E não são votos de cabresto, como os dos prefeitos, mas votos espontâneos, votos de filhos, pais, amigos, parentes, aderentes, entre outros”, comenta uma das concursadas que não vamos citar o nome dela.
Quanto a Lei de Responsabilidade Fiscal, um dos representantes do grupo ressaltou que não prevaleceu para contratar os serviços do escritório “Giuliani Security & Safety”, de Rudolph Giuliani, especialista em segurança.
“Queremos apenas o que é nosso direito, sermos convocados para assumir nossos postos de servidores públicos e atender a população que tanto necessita de profissionais na saúde pública”, desabafa.
