Marcellus Campêlo depõe a CPI da Covid-19 nesta terça-feira

A CPI da Covid recebe, nesta terça-feira (15), o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campelo. Após o habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao governador  Wilson Lima, para que ele não prestasse depoimento ao colegiado, os senadores da comissão pretendem aprofundar a investigação sobre a crise de oxigênio no Amazonas pelo depoimento de Campelo.

O ex-secretário é investigado junto com o governador Wilson Lima na operação Sangria, da Polícia Federal. Marcellus Campelo pediu demissão do cargo no dia 7 deste mês.

Em entrevista à CNN, Campelo disse que saiu do cargo para facilitar a investigação da PF sobre a corrupção na Saúde do Amazonas. Apesar disso, ele continua no governo do estado. Atualmente é coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais, responsável pelo Programa Social dos Igarapés em Manaus.

Os senadores devem questionar o ex-secretário sobre os desvios de recursos na sua gestão, a falta de oxigênio para atender pacientes durante a crise da pandemia em janeiro deste ano, a comunicação com o governo federal e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.  durante o colapso no estado e as recomendações do Planalto para o uso de cloroquina e ivermectina como tratamento precoce para a covid-19.

Dois parlamentares integrantes da CPI já foram governadores do Amazonas. Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão, e Eduardo Braga (MDB-AM), pretendem diagnosticar se o problema da crise no estado que matou mais de trinta pessoas em dois dias por covid-19 foi culpa do governo federal ou ineficiência da gestão estadual.

A estratégia de convocar os secretários de saúde dos estados que estão sob investigação da Polícia Federal por corrupção na saúde está entre os planos dos senadores da CPI. Isso porque existe uma expectativa que o STF conceda a liminar para desobrigar os governadores convocados a comparecerem a CPI. Os parlamentares já informaram que também pretendem enviar convites aos governadores para a ida ao colegiado, caso eles não possam ser convocados nem como testemunhas ou investigados.

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