Duas acareações hoje (10) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
A primeira entre Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, e os ex-executivos da empresa Benedicto da Silva Júnior, que foi presidente da Odebrecht Estrutura, e Hilberto Mascarenhas Filho, ex-diretor do Departamento de Operações Estruturadas, setor que seria responsável por operacionalizar o pagamento da propina a agentes públicos dentro da Odebrecht.
A outra acareação será entre Marcelo Odebrecht e o ex-diretor de relações institucionais Carlos Melo Filho. Todos já prestaram depoimento no TSE ao ministro Herman Benjamin nos últimos 10 dias.
Inicialmente o processo estava focado em irregularidades na contratação de gráficas, mas, desde o começo deste mês, o ministro incluiu nas investigações os indícios de doações ilegais de campanha vindos da Odebrecht, revelados pela Operação Lava Jato.
Outras duas testemunhas também prestam depoimento hoje: Fernando Miggliacio e Maria Lúcia Tavares. Os dois trabalhavam no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Maria Lúcia seria a secretária responsável pela atualização das planilhas de pagamentos de propina. E Miggliacio, que foi preso em fevereiro do ano passado em Berna, na Suíça, tentando encerrar contas ligadas à Odebretch.
O ministro Herman Benjamin vai ouvir, ainda, José de Carvalho Filho, apontado pela força-tarefa da Lava Jato como responsável por fazer entregas em dinheiro para a Odebrecht.