Condenado na Indonésia à pena de morte pelo crime de tráfico de drogas, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado no último sábado (17). A execução de Archer e de outros prisioneiros com o mesmo destino aconteceu longe dos olhos do público e da imprensa, na ilha Nusakambangan. A Folha de S.Paulo, porém, fez uma reconstituição do ato, após ter acesso a uma imagem do local e a depoimentos de uma autoridade do país asiático.
Segundo o texto do jornal, foram dadas aos condenados uma série de escolhas para que eles decidissem como encarar a pena capital. Em vez de ficar deitado ou sentado, Archer optou por passar seus últimos momentos de pé, assim como o restante dos homens levados à ilha. Também preferiu ficar vendado, evitando que visse o instante exato de sua morte.
O brasileiro e mais quatro prisioneiros foram vestidos com camisas brancas nas quais uma marca preta foi feita para indicar o ponto exato em que fica o coração. De acordo com as informações da Folha, todos foram levados algemados para um descampado e posicionados em frente às cruzes de madeira. Foi destacado um grupo de 12 atiradores para cada uma das pessoas a ser executada – embora apenas três rifles de cada pelotão estivessem carregados.
Marco Archer morreu foi alvejado por um único tiro dado na altura do peito, indicando que possivelmente os outros dois erraram o alvo. Após a confirmação das mortes, os corpos foram limpos e vestidos com ternos pretos, seguindo para a cremação logo em seguida – queimados sobre folhas de bananeira. Usando um pedaço de madeira, uma pessoa ficou responsável por quebrar os ossos restantes. Ainda assim, será necessária uma nova cremação antes que as cinzas do instrutor de voo possam ser enviadas para o Brasil.
FONTE(S)Folha de S.Paulo/Ricardo Gallo