Michel Temer não é citado em convenção do MDB

Sem expor nenhuma imagem do presidente Michel Temer, a convenção do MDB oficializou a candidatura de Paulo Skaf ao governo de São Paulo neste sábado (28).

O tom da convenção já estava dado desde segunda-feira (23), quando a tenente-coronel da Polícia Militar Carla Basson foi anunciada como vice da chapa.

Diversidade foi o que o MDB paulista quis mostrar também quando bateu o martelo, na sexta (27), sobre o nome de Maria Aparecida Pinto, conhecida como Cidinha, para disputar o Senado neste ano. Mulher e negra ela é presidente do MDB Afro de São Paulo e exalta o discurso de combate à violência doméstica.

Outro nome feminino, no entanto, Marta Suplicy, permanece envolto em suspense. A outra vaga que o MDB paulista disputará ao Senado neste ano está reservada para ela, que pediu, porém, até o próximo dia 4 para decidir se concorrerá ou não.

Antes da abertura da convenção, no Clube Sírio, na capital, era o nome de Cidinha, e não o da ex-prefeita e atual senadora, que os militantes gritavam.

Ao lançar Basson no início da semana, Skaf a descreveu como “moça de família boa” e “coronel suave”. Entre outros sinais da intenção de lançar sua chapa como a de maior diversidade, também estavam presentes representantes do movimento LGBT a jogadora de vôlei Tiffany, candidata a deputada federal.

“Só um homem com sensibilidade faria valer a voz das mulheres”, disse Cidinha em seu discurso que, assim como a fala da vice Basson, focou as mulheres.

Também neste sábado, foi lançado o jingle do candidato. De ritmo acelerado e cheio de aliterações com o nome de Skaf, a música traz a mensagem “Skaf é compromisso, sua palavra tem valor”. O refrão pode ser interpretado como provocação ao rival João Doria (PSDB), que deixou a Prefeitura de São Paulo para disputar o governo neste ano.

Por volta das 11h30, Skaf, que se licenciou da Fiesp (federação das indústrias) para disputar a eleição, chegou à convenção acompanhado do ex-ministro Henrique Meirelles, pré-candidato à Presidência pelo partido. Aparentemente desconfortável com o corpo a corpo típico dos eventos com eleitores, Meirelles pouco sorria enquanto era conduzido por um cordão de militantes até o palco.

Já iniciado na campanha eleitoral, depois de concorrer duas vezes ao governo paulista, Skaf transpirava, sorria muito, abraçava e beijava os militantes.

Enquanto aguardava a vez de seu discurso, já na boca do palco, Meirelles consultou o celular e fez ligações. Quando chegou a sua vez de falar, ensaiou uma dança tímida até ser puxado por Cidinha, que o fez remexer com mais desenvoltura num passo a dois.

Ao discursar, Skaf mencionou reportagem da Folha sobre a falta de coligação do MDB. “Isso não é verdade. Nos temos a melhor coligação. É a coligação do povo de São Paulo”, disse ele. Com informações da Folhapress.

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