Ministro do STJ diz que afastou Witzel para impedi-lo de continuar a liderar “organização criminosa”

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves afirmou que o afastamento de Wilson Witzel, teve como objetivo frear a liderança do governador do Rio de Janeiro na organização criminosa que promoveu desvios dinheiro da saúde no estado. Ele negou pedido de prisão de Witzel feito pelo Ministério Público.

“Na forma exposta pelo MPF, ainda, a medida de afastamento serve para obstar que continue liderando a referida organização criminosa e a dilapidar o Erário do Estado do Rio de Janeiro, extremamente combalido em razão do grande histórico de casos de desvio de recursos públicos e corrupção envolvendo os governadores anteriores”, escreveu o ministro. O teor da decisão foi obtido pela Globo e publicado no portal G1.

“Os fatos não só são contemporâneos como estão ocorrendo e, revelando especial gravidade e reprovabilidade, a abalar severamente a ordem pública, o grupo criminoso agiu e continua agindo, desviando e lavando recursos em pleno pandemia da Covid-19, sacrificando a saúde e mesmo a vida de milhares de pessoas, em total desprezo com o senso mínimo de humanidade e dignidade, tornando inafastável a prisão preventiva como único remédio suficiente para fazer cessar a sangria dos cofres públicos, arrefecendo a orquestrada atuação da ORCRIM”, acrescentou Gonçalves.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Witzel usou o escritório de advocacia da esposa, Helena, para receber R$ 500 mil em propinas por contratos emergenciais no combate à epidemia do coronavírus. A defesa dele classificou a decisão do STJ como “monocrática e com tamanha gravidade”.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o esquema no governo Witzel foi dividido em três eixos: um liderado pelo presidente nacional do PSC, Everaldo Dias Pereira, o pastor Everaldo; um pelo empresário Mário Peixoto; e outro pelo empresário da área de ensino José Carlos de Melo, pró-reitor administrativo da Universidade Iguaçu (Unig).

O pastor foi preso. No mês de maio de 2016, enquanto o Senado se preparava para votar o afastamento da presidente Dilma Rousseff, sem crime de responsabilidade, Jair Bolsonaro estava nas águas do Rio Jordão, no nordeste de Israel, onde foi batizado na igreja Assembleia de Deus pelo religioso.

Fonte/Brasil 247

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