‘Moa’ está entre mais de 50 mortos em rebelião no Compaj, diz SSP-AM

O ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa, mais conhecido com “Moa”, foi um dos mais de 50 mortos durante a rebelião mais violenta do sistema penitenciário do Amazonas. A morte de “Moa” foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O ex-PM teve envolvimento no caso do ex-deputado Wallace Souza, cassado e preso em outubro de 2009 por suspeita de encomendar mortes para exibi-las na televisão.

Os detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) iniciaram rebelião na tarde de domingo (1º) e mantiveram agentes penitenciários reféns durante mais de 17h. A unidade prisional fica localizada no KM 8 da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista/RR.

O secretário titular da SSP-AM, Sérgio Fontes, confirmou na manhã desta segunda-feira (2) que “Moa” foi executado pelos presos durante rebelião iniciada por duas facções criminosas que atuam no sistema prisional no estado.

Moacir Jorge Pessoa da Costa integrava uma suposta organização criminosa comandada pelo ex-deputado estadual Wallace Souza. “Moa” foi acusado de vários crimes e estava preso no Compaj cumprindo pena por homicídio.

“Moa” era apontado como cúmplice do ex-deputado Wallace Souza, cassado e preso em outubro de 2009 por suspeita de encomendar mortes para exibi-las na televisão, e por suspeita de comandar uma organização criminosa no Amazonas. Ele também era suspeito de formação de quadrilha, posse ilegal de arma e associação para o tráfico de drogas. Wallace morreu em 2010, vítima de uma parada cardíaca. Ele sofria de ascite (barriga d’água) em grau elevado.

Entenda o caso
O motim iniciou na tarde do domingo (1º) e terminou na manhã de segunda-feira depois de mais de 17h. Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), trata-se de uma possível briga entre facções. Há informação de que houve fuga de detentos, mas o número não foi divulgado.

A movimentação no presídio começou ainda no início da tarde de domingo. De acordo com informações da SSP, os corpos de seis pessoas – ainda não identificadas – foram jogados para fora do presídio, sem as cabeças.

Foram mantidos reféns 12 agentes carcerários. Outros funcionários que estavam na unidade prisional conseguiram escapar. Presos também foram feitos reféns, mas não há precisão em números.

Dezenas de pessoas foram para a porta do presídio aguardar informações de parentes presos. Alguns familiares também compareceram à sede do Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte de Manaus, para buscar novidades. Entretanto, a entrada de parentes e de jornalistas no local foi proibida.

Fonte: G1

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