Morre o soldado da Força Nacional atacado na Vila do João, no Complexo da Maré

Integrante da Força Nacional que foi baleado na cabeça na Vila do João, no Complexo da Maré, na quarta-feira, após entrar na comunidade por engano em um carro da corporação, Hélio Vieira, morreu no fim da noite dessa quinta. Ele estava internado em estado grave no Hospital Salgado Filho, no Méier, e não resistiu aos ferimentos, segundo a informação confirmada por Alexandre de Moraes, ministro da Justiça. O governo federal decretou luto oficial de um dia.

A mãe do soldado, Marta Vieira, chegou ao hospital amparada por familiares, incluindo outro filho, Edmilson. Hélio Vieira teve morte cerebral e somente a família pode autorizar o desligamento dos aparelhos. Sua mãe conversou com psicólogos e a Rio Transplante, decidindo pela não doação dos órgãos do policial. Abalada, ela informou através da unidade de saúde que não tem condições de falar com a imprensa.

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Também estão no hospital dois amigos que dividiam apartamento com Hélio em Roraima. O local está com reforço da Força Nacional, com três viaturas, carros descaracterizados e vários policiais.

Atingido no rosto por um tiro de arma longa, o soldado Hélio Andrade, da Polícia Militar de Roraima, perdeu massa encefálica e chegou a passar por uma longa cirurgia que durou quatro horas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Andrade não reagiu bem ao procedimento.

A equipe da Força Nacional da qual Helio fazia parte tentava entrar na Linha Amarela em direção ao Parque Olímpico, mas entrou na comunidade por engano. Em áudio obtido pelo DIA, um policial, que depois chegou a sair do veículo, contou que eles estavam em direção ao Centro do Rio no momento em que foi abordada por homens armados no local.

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Nesta quinta-feira, militares da Força Nacional cercaram a Vila do João em busca dos responsáveis pelo ataque.

Três militares da Força Nacional estavam no carro atacado por traficantes. Militares do Exército e um taxista auxiliaram no socorro das vítimas. O capitão Allen Marcos Rodrigues Ferreira, do Acre, foi atingido por estilhaços no rosto, levado ao Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, foi liberado em seguida. A dupla estava ainda acompanhada do soldado Rafael Pereira, do Piauí, que não se feriu, mas ficou em estado de choque.

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