Morte no trânsito – Uma coisa é a pessoa beber e morrer, a outra é a pessoa beber e matar

A imprensa demonizou o assistente administrativo Renato Benigno, que se envolveu em um acidente de trânsito na Ponta Negra, em maio, e resultou em duas pessoas mortas – uma delas teve a perna decepada em decorrência do choque.

Agora, a defesa do réu, que se encontra preso, acusado de homicídio doloso, quando se tem ou se assume o risco de matar, usa da boa retórica, mas comete uma infâmia: a de por a culpa nos mortos pelo acidente. Uma coisa é a pessoa beber e morrer, a outra é a pessoa beber e matar, principalmente ao volante de um veículo.

Renato Benigno não pode ser considerado um preso que está sem o amparo da defesa jurídica, visto que sua família é composta por bons advogados, mas precisa de defesa. A irmã do acusado é a advogada Maria Benigno, de reconhecido saber jurídico na área eleitoral, defensora, inclusive, do ex-governador Omar Aziz.

Outro irmão de Renato chama-se Ismael Benigno, blogueiro conceituado e respeitado. Portanto, Renato tem bons defensores, mas a violência do acidente e a repercussão negativa contra o acusado fizeram mal à imagem dele.

Nos dias posteriores ao acidente, nenhum órgão de imprensa foi complacente com Renato Benigno.

As reportagens davam conta de que ele dirigia embriagado, a mais de 130 quilômetros por hora e em seu prontuário no Detran constavam mais de 150 pontos em multas, muitas delas por excesso de velocidade.

Com os argumentos usados pela defesa do réu começa-se a reescrever a história de Renato. Fatos e versões são altamente manipuláveis e para isso existem advogados e jornalistas.

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