Seis líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estão na Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, serão transferidos ainda hoje (17) para presídios federais. A informação foi divulgada há pouco pelo governador do estado, Robinson Faria. Ele se reuniu em Brasília com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
A Penitenciária de Alcaçuz, localizada na região metropolitana de Natal, registrou no último fim de semana uma grande rebelião que deixou pelo menos 26 mortos.
Presos voltam ao telhado de presídio
Outros princípios de motim foram identificados no local, mas contidos pela polícia. Os presos, entretanto, ocupam neste momento o telhado de instalações do presídio. O governador negou que a situação não esteja sob controle.
“O governo tem o controle. Tanto tem que conseguimos tirar os líderes do PCC”, disse, ao citar que não houve mortes de policiais, agentes penitenciários ou reféns. “A briga ficou restrita entre o PCC e o Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte”, completou.
Ainda segundo Faria, o papel dos homens da Força Nacional deslocados para a penitenciária é garantir a segurança da população e evitar fugas de presos, sem entrar nas instalações de Alcaçuz. Para ele, a entrada de forças de segurança no local neste momento poderia gerar mais mortes e “um novo Carandiru”. “Temos que evitar que isso aconteça”, concluiu.
Retaliação e vingança
Durante coletiva de imprensa, o governador avaliou que o ocorrido na Penitenciária de Alcaçuz foi uma “retaliação” ou “vingança” à rebelião registrada no início do mês em um presídio no Amazonas. Ele disse que o país não pode ser “emparedado” por facções.
Faria também confirmou que há indícios de algum tipo de favorecimento que tenha permitido a rebelião na penitenciária de Natal. Ao final da entrevista, ele afirmou que agentes penitenciários e policiais que colaboram com a fuga de presos são “piores que bandido”.