Tucanos históricos articulam a fundação de um novo projeto político e descartam a participação de todos os políticos, que segundo eles não compartilham dos valores da democracia e preferem ter uma prática política orientada para o fisiologismo.
Fernando Henrique Cardoso (FHC) e um grupo de tucanos históricos pretendem refundar o PDDB, mas já avisaram que não aceitarão políticos como Antônio Anastasia e Aécio Neves, que consideram fisiológicos, muito próximos à corrupção e sem afinidade com um projeto democrático e moderno. Na prática, isso significa um rompimento do grupo liderado por FHC com os dois mineiros.
O grupo é liderado por Arthur Virgílio, Tasso Jereissati, além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os articuladores do projeto pretendem adotar o ideário ideológico da social democracia e atrair nomes como Marina Silva, Miro Teixeira, Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon.
Não haverá espaço, segundo os articuladores, para os políticos que eles consideram adesistas de ocasião, sem nenhuma afinidade com os princípios democráticos, como Cássio Cunha Lima, Antonio Anastasia e João Doria e Aécio Neves. Os quatro estão entre os tucanos que se jogaram no colo do presidenciável fascista do PSL, Jair Bolsonaro.
“A sorte de Mário Covas é que ele não está mais aqui para ver no que se transformou o partido que ele idealizou com Franco Montoro”, afirmou Arthur Virgílio na tarde da última quarta-feira, dia 3. “O partido que surgiu perto do povo e longe das benesses do poder se entregou ao fisiologismo mais rasteiro”.
Sobre o chefe de do Senador Antônio Anastasia, Aécio Neves, Virgílio é categórico: “Desde o início advoguei que ele tinha de sair do partido para se defender das acusações por corrupção e obstrução da Justiça”.
Esses políticos, além de outros tucanos, segundo Arthur Virgílio, se juntaram ao que temos de mais nefasto na sociedade brasileira, imaginando que tinham descoberto o mapa da mina.
Entre os maiores erros, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio destaca que “ao se juntar com o Centrão, eles se enganaram e acabaram arrastando o partido para a irrelevância”.
As articulações com Tasso Jereissati, com consentimento de FHC, definem que o grupo vai travar uma batalha interna com a proposta de mudar tudo. Não haverá espaço para o que classificam de “salve-se quem puder” em que a sigla se meteu.
Segundo o prefeito de Manaus, a atitude de Cunha Lima, Anastasia e João Doria, de aderir a Bolsonaro já prevendo o loteamento de um futuro governo é inaceitável. Fonte/CGN