O Ministério da Fazenda, conforme noticiou o jornal A Folha de São Paulo, na edição deste domingo, 16, caderno Poder, descobriu que Nejmi Aziz, mulher do ex-governador e atual senador, Omar Aziz, é dona da empresa da ENE Empreendimentos e Participações.
Através de sua empresa, Nejimi recebeu R$ 4,9 milhões da empresa Civilcorpo Incorporações, que na época tinha como sócio, Albano Neto, investigado em 2014, por fraude na desapropriação de um terreno adquirido por uma outra empresa de sua propriedade e vendido meses depois por R$ 13 milhões.
Diz a publicação da Folha que a transação, conforme avaliação do Ministério, é atípica na medida que a empresa indicou como origem dos recursos a venda de imóveis, operações que seriam incompatíveis com o ramo de atividade.
A empresa de Nejmi e de seus dois filhos, sgundo a Folha, não tem funcionários e que o endereço se confunde com o de uma escola.
O relatório que trata das transações de Nejimi e de sua empresa foi remetido pelo Coaf – órgão de inteligência do Ministério da Fazenda – à Polícia Federal. De acordo com o relatório, a ENE tinha como procurador um srvidor público lotado até 2014 na Secretaria de Governo da Prefeitura de Manaus, onde, segundo a Folha, recebei R$ 13 mil de salários.
De acordo com o Coaf, o servidor, que mora em um conjunto de apartamentos para pessoas carentes, financiado pelo governo estadual, movimento 5,9 milhões entre saques e depósitos somente em 2013.
OUTRO LADO
A assissoria do senador Omar Aziz afirou que não conseguiu localizar o parlamentar e sua mulher até o início de sextafeira, 14.
O sócio que permanece no controle da Civilcorp, Adriano Pereira, afirma que o depósito de R$ 4,9 milhões efetuados na conta da ENE foi “uma transação imobiliária” pela qual a empresa adquiriu o terreno da ENE. “É uma transação lícita, tranquila”, diz.
O empresário Albano Máximo Neto não foi localizado pela Folha.
Fonte/Folha de São Paulo