A justiça da Indonésia negou pela segunda vez o pedido de clemência a Marco Archer Cardoso Moreira, preso em 2003 no aeroporto de Jacarta por tentar entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de asa-delta. Marco Archer é neto de uma família tradicional do Amazonas.
De acordo com as leis indonésias, um condenado à pena de morte no país pode fazer somente duas solicitações de clemência, uma vez que todos os outros recursos legais tenham se esgotado. O segundo pedido foi negado pelo presidente Joko Widodo no último dia 31; o primeiro aconteceu em 2006.
Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, disse em entrevista à Folha que todos os requisitos para a execução do brasileiro já foram cumprido: “Ele está na lista de próximos executados – e posso assegurar que o plano é executá-lo muito em breve”. A sentença deve acontecer até o final de janeiro, segundo o representante.
Marco é um dos dois únicos brasileiros condenados à morte no mundo e será o primeiro ocidental executado na Indonésia. O outro é o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, que também está preso no interior daquele país. O segundo pedido de clemência a Rodrigo ainda não foi respondido pelas autoridades.