Novo promotor do caso Queiroz é bolsonarista

247 – Designado pelo Ministério Público para cuidar da investigação sobre a movimentação financeira suspeita envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, e de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, o promotor Claudio Calo é seguidor e franco admirador da família Bolsonaro nas redes sociais. Ele chegou a afirmar em uma das postagens que “o relatório do Coaf demonstra movimentações financeiras não necessariamente criminosas, mas anômalas, que podem configurar crime ou não”. Ou seja, tudo caminha para terminar em pizza.

A postagem feita em janeiro, foi uma resposta ao jornalista e colunista da Folha de S.Paulo e da RedeTV!, Reinaldo Azevedo. No post, Calo destaca que “tecnicamente, o crime de lavagem de capitais é um crime parasitário, acessório, pressupõe uma infração penal antecedente. O fato de haver fracionamento de depósitos bancários e em dh (dinheiro) gera suspeitas, mas, por si, não é crime de lavagem, pois pode a origem do dh (dinheiro) ser lícita”. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), apontou 48 depósitos na conta de Flavio Bolsonaro, cujo fracionamento levantou a suspeita do possível crime de lavagem de dinheiro -em artigos, o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, defendeu que esse tipo de movimentação por si só já caracteriza lavagem de dinheiro.

Artigo anteriorProposta sobre legítima defesa não é licença para matar, mas é um baita estímulo, né, ministro?
Próximo artigoCaso Flávio-Queiros completa dois meses e ninguém teve de explicar nada