Nair Queiroz Blair, protagonista em rumoroso escândalo político do Amazonas, envolvida com compras de votos em favor do então candidato ao governo do Amazonas, José Melo, está na cadeia.
A juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, plantonista do Tribunal Regional Federal da Primeira Região – Seção Judiciária do Estado do Amazonas -, não concedeu liminar em habeas corpus a Blair, presa no último sábado, 02, por agentes da Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
Blair responde, também, por peculato e falsidade ideológica. Terça-feira, 05, Blair foi encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino, localizada no quilômetro 8, da BR 174 (Manaus/Boa Vista).
A prisão de Nair Blair, foi decretada ano passado pelo juiz Marllon Sousa, da 2ª Vara Federal. Marllon Sousa foi quem decretou todas as prisões da “Operação La Mrualla” desencadeada pela Policia Federal, em novembro do ano passado para combater as ações da facção criminosa Família do Norte (FDN), não sete advogados foram presos.
Em razão da não comprovação da boa e regular aplicação dos recursos do Convênio nº 508/2007-MinC/FNC (Siafi nº 611.249), cujo objeto consistia na implementação do projeto “Lendas e Encantos da Amazônia”, o qual visava à realização do espetáculo de comemoração do “Ano Novo Temático Amazônico em Brasília”, na passagem de 2007 para 2008, Blair foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a devolver para os cofres públicos da União R$ 3.051.425,18.
Nair Blair nas eleições de 2014
Em investigações da Polícia Federal, Nair Blair é pontada como uma das chefonas de um suposto esquema de compra de votos com dinheiro público.
Em pleno período eleitoral, durante a realização dos jogos da Copa do Mundo em Manaus, uma associação sem fins lucrativos, denominada “Agência Nacional de Segurança e Defesa”, presidida por ela, recebeu R$ 1 milhão do Governo do Estado para um serviço de nome longo e complicado, “Implementação de solução tecnológica de monitoramento em tempo real móvel”.
O repasse do dinheiro público foi autorizado, em caráter de urgência, sem processo licitatório, pelo responsável pela Secretaria de Grandes Eventos, coronel Dan Câmara, irmão do deputado federal evangélico Silas Câmara.
No segundo turno da eleição de 2014, policiais federais infiltrados prenderam Nair Blair numa reunião de pastores evangélicos, onde supostamente seria distribuído dinheiro para compra de votos. Foram encontrados R$ 7,7 mil na bolsa de Nair Blair, assim como recibos de “doações” em dinheiro repassado para compra de óculos, festa de formatura e até túmulo no cemitério.