Catraca Livre – Até mesmo o MBL, aliado do presidente Bolsonaro, berrou diante da decisão do STF suspender a investigação do caso Queiroz.
Nunca a família Bolsonaro sofreu tanto desgaste em apenas um dia.
A bomba foi detonada por um simples motivo: quem pediu a STF a suspensão das
investigações no caso Queiroz foi Flávio Bolsonaro.
Quem detectou a movimentação suspeita na conta do motorista foi o Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( COAF).
Como Flávio vinha repetindo várias vezes que não tinha nada a ver com as contas suspeitas de Queiroz e que, assim, não era investigado, por que pedir a suspensão das investigações?
A explicação: o Ministério Público já estava investigando Flávio Bolsonaro e pedindo dados do Coaf.
Luiz Fux, do STF, justificou sua decisão afirmando que o MP do Rio “teria solicitado informações ao Coaf acerca de dados bancários de natureza sigilosa” de Flávio, “abrangendo período posterior à confirmação de sua eleição para o cargo de senador da República, sem submissão a controle jurisdicional”.
Ele sofria um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) do Ministério Público do Rio.
É um procedimento preliminar para para levantar ilegalidades.
Antes que o procedimento preliminar fosse avante e o tornasse um investigado, Flávio pediu a suspensão, usando o privilégio de ser senador – e, assim, ser julgado pelo STF.
Resultado: voltou a circular vídeo em que Jair Bolsonaro dizia, ao lado de Flávio, que não pediria “foro privilegiado”.