Entre escapadas e sumiços, o caso Queiróz sofreu um novo revés. Na quarta 16, o STF suspendeu a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o motorista Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro. A decisão pelo engavetamento temporário foi ministro Luiz Fux, a pedidos do próprio Flavio.
Fux entendeu que, como Flavio é senador eleito e passará a ter foro privilegiado, é melhor esperar para que o Supremo decida o foro adequado, e só então prosseguir com as investigações. A decisão vale até que o ministro Marco Aurélio analise o caso, a partir de fevereiro, na volta do recesso.
Queiróz entrou na mira do MP depois que o Coaf identificou que ele movimentava muito mais dinheiro que o compatível com seus ganhos mensais. Em um ano, circulou nas contas do motorista 1,2 milhão de reais. O conselho identificou ainda um cheque de 24 mil reais nominal à primeira-dama, Michele Bolsonaro. Posteriormente, o próprio presidente admitiu que existem outros depósitos que o Coaf ainda não identificou.
A ofensiva contra as investigações pegou mal entre a “bolsosfera” no Twitter. De um lado, o filho Carlos Bolsonaro e os blogueiros e influencers associados ao novo governo discutem as teorias de Olavo de Carvalho. De outro, eleitores e apoiadores declarados do presidente manifestaram decepção e desconfiança.
Afinal, a investigação sequer chegou formalmente ao filho mais velho de Jair Bolsonaro.
O humorista Danilo Gentili ironizou a promessa informal da campanha contra a ‘mamata’.
Outro humorista do SBT, Bob Nunes, sugeriu ainda uma represália a la ditadura contra Flavio e Queiroz
Fernando Holiday, vereador e integrante do MBL, criticou a ofensiva de Flavio Bolsonaro contra uma ‘simples investigação’.
Confira a repercussão: