Diego Sabino de Araújo, 27 anos, conhecido como “Olhão” ou “Coqueirinho”, autor dos disparos de arma de fogo que ocasionaram a morte do maquiador João Felipe de Oliveira Martins, ocorrido na tarde do dia 30 de agosto deste ano, em um salão de beleza localizado na Rua Rio Tarauacá, no Conjunto Vieiralves, bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul, onde o maquiador trabalhava, foi preso segunda-feira, dia 11, por volta das 17h, na Comunidade do Parauá, município de Careiro da Várzea. A informação é do vítima tinha 22 anos.
Gessica Alves Alho, 24 anos, que teve participação no delito, também foi presa no último sábado, dia 9, na casa onde morava, localizada no Conjunto Amazonino Mendes, conhecido como “Mutirão”, no bairro Novo Aleixo, zona Norte da capital. Gessica foi presa em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido no dia 1º de setembro deste ano, pela juíza Careen Aguiar Fernandes, no Plantão Criminal.
Diego foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado, expedido no dia 1º de setembro deste ano, pela juíza Careen Aguiar Fernandes, no Plantão Criminal. “A partir do momento que começamos a receber informações sobre o local onde Diego estava escondido, imediatamente montamos uma equipe de resposta rápida”, disse Bruno Fraga.
Ao longo da coletiva de imprensa, Juan Valério explicou que a ordem para matar o maquiador partiu de um homem identificado como José Mateus da Costa Vieira, 28, o “Sapo”, que está cumprido pena por homicídio na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). O titular da DEHS informou que o mandante do crime montou duas frentes de execução para cometer o homicídio do maquiador. A autoridade policial esclareceu como foi articulada a ação para matar João Felipe de Oliveira Martins.
“Já tínhamos suspeitas de quem teria sido o mandante do crime. A ordem partiu de “Sapo”, de dentro da UPP. A primeira frente é que “Sapo” pediu a um comparsa, que está preso na UPP, para que ele encontrasse uma mulher para entrar com o pistoleiro no salão de beleza. Essa pessoa entrou em contato com alguém, que localizou Gessica, que acabou topando fazer o serviço por R$ 500. Entretanto, ela não sabia quem era o mandate. Já Diego recebeu uma ligação de um dos “soldados” do tráfico do bairro Mauazinho, informando que iria pegá-lo para fazer um serviço com a ordem do chefe, “Sapo”. Diego não recebeu qualquer quantia em dinheiro pela execução do maquiador”, relatou Valério.
Conforme o titular da DEHS, “Sapo” é apontado como autor do homicídio de Cristina Martins da Silva, ocorrido no dia 15 de abril de 2011. A mulher era irmã do maquiador. “José Mateus executou a irmã de João Felipe. Na ocasião, a mulher foi morta com dois disparos. João Felipe estava com a irmã no momento da ação criminosa, mas na época saiu ileso. Diego relatou, em depoimento, que no passado Cristina e o irmão João Felipe tiveram envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Mauazinho. No entanto, nenhum dos dois tinha passagem pela polícia e agora eles também não podem mais se defender”, enfatizou o titular da DEHS.
Juan Valério ressaltou que o mandado de prisão preventiva em nome de José Mateus da Costa Vieira será representado à Justiça ainda nesta quarta-feira. As equipes da DEHS seguem investigando o caso. “Assim que for expedido o mandado de prisão em nome do detento, nós iremos realizar a oitiva, para que ele revele os motivos desse crime. Temos elementos suficientes que indicam que ele é o mandante do homicídio. Precisamos, ainda, identificar quatro pessoas que estão envolvidas na morte do maquiador. Assim que tivermos as prisões preventivas decretadas, as fotos desses indivíduos serão divulgadas e, com o apoio da população, iremos prender todos”, pontuou Valério.
Diego, que já possui passagem pela polícia por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e tráfico de drogas, foi indiciado por homicídio qualificado. Logo após os trâmites legais, ele será conduzido ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde irá permanecer à disposição da Justiça.
O delegado-geral parabenizou todos os policiais envolvidos nas operações que culminaram nas prisões de Diego e de Gessica. “Realizamos ações exitosas, que resultaram nas prisões de dois dos envolvidos nesse crime bárbaro. Quero agradecer a comunidade, que não sonegou informação a respeito do paradeiro desses indivíduos. Desde o primeiro momento em que apareceram as imagem deles nós já tínhamos a certeza de onde eles estavam escondidos. A comunidade é amiga da Polícia. Ela informa o que acontece de errado, porque ela confia no trabalho da Polícia Civil”, destacou Frederico Mendes.
Na ocasião, Ivo Martins também agradeceu o apoio da população, que sempre contribui com os trabalhos da instituição. “Em nome da Polícia Civil gostaria de agradecer a população porque no dia que obtivemos as imagens, realizamos uma coletiva para tentarmos obter, por meio do apoio da sociedade, a identificação tanto do Diego quanto da Gessica e, prontamente, conseguimos. Envidamos diligências no sentido de capturá-los”, concluiu Martins.