Por Hiel Levy – Fiz um périplo pela capital nestes feriados de final de ano. Constatei o que já imaginava: as principais obras do Estado estão paradas. As últimas unidades do Prosamim na bacia de Educandos – inclusive o sistema viário na saída do Distrito Industrial, que se arrasta por todo governo atual -, a Cidade Universitária, o Proama – o ano acabou e a promessa de faze-lo funcionar em 2013 foi pelo ralo -, etc. Enquanto isso, o governador pegou o avião e foi festejar no exterior.
O (des)governo de Omar fica cada vez mais evidente. Ele terá apenas três meses para tentar entregar algumas dessas obras. A Cidade Universitária é causa perdida. Megalomania desnecessária. Se conseguir entregar um único prédio, já terá feito muito. Por enquanto, a “maior obra do melhor governador do país” não passa de uma pista ainda em fase de terraplenagem.
Como o blog previu, a Arena Amazônia não foi entregue no dia 20 de dezembro e dificilmente será concluída em janeiro. Agora fazemos nova previsão: se insistir em inaugurar a obra este mês, Omar vai passar vergonha. O UOL, maior portal de notícias do país, fez matéria mostrando que, em cinco anos, o governador não conseguiu bolar um plano de utilização do complexo após a Copa.
Daí que a propaganda oficial, em tom cada vez mais dramático, só consegue usar obras que foram quase totalmente financiadas pelo governo federal, como os conjuntos Viver Melhor. Com um agravante: ingrato e traiçoeiro, Omar não cita o apoio da presidente Dilma Roussef na mídia, aonde aparece como o único responsável por dar uma nova casa a quem precisava.
Mas há um lado bom nisso tudo: estamos a três meses de nos livrar deste embuste.