Ex-superintendente do Ibama no Amazonas, engenheiro José Leland Juvêncio Barroso, foi preso pela Polícia Federal (PF) que, na manhã desta quinta-feira, 25, deflagrou a operação Arquimedes e cumpriu a 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados do Amazonas, Acre, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Roraima, São Paulo e Distrito Federal. Além do cumprimento dos mandados foram bloqueiados de R$50 milhões nos CNPJ´s das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.
De acordo com a Polícia Federal, a Polícia Federal, o objetivo da operação é desarticular esquema de corrupção responsável por extração ilegal de madeira na floresta amazônica. A operação contou com o apoio do Ministério Público Federal.
Conforme nota da PF, a operação marca o início da utilização de uma ferramenta tecnológica de imagens de satélite que possibilita à Polícia Federal identificar novos focos de desmatamentos quase que diariamente, o que resultou numa melhor fiscalização e no aumento das ações in loco.
A operação investiga a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras. Entre os presos estaria o ex-superintendente do Ibama no Amazonas, engenheiro José Leland Juvêncio Barroso.
A PF atua em duas principais frentes de investigação criminal por meio de dois Inquéritos Policiais: a primeira, sobre a extração, exploração e comércio ilegais de madeira, e, a segunda, sobre a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.
Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados do AC, AM, MG, MT, PR, RO, RR, SP e no Distrito Federal, além da autorização de bloqueio de R$50 milhões nos CNPJ´s das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.
A operação já apreendeu em dezembro de 2017 mais de 400 contêineres no porto em Manaus, contendo aproximadamente 8.000 m³ de madeira em tora com documentação irregular, que pertenciam a mais de 60 empresas de madeira. A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contêineres destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte.
Os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa.