Operação ‘Máfia dos Caixões’ investiga ex-diretor financeiro por corrupção

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor),  deflagrou a primeira fase da operação ‘Máfia dos Caixões’, que investiga ex-diretor financeiro de uma secretaria municipal por cobrar propinas em faturas emitidas no fornecimento de urnas funerárias de serviço público.

De acordo com o delegado Guilherme Torres, a ação policial aconteceu na manhã desta terça-feira (03/11), por volta das 6h, na Colônia Japonesa, bairro Novo Aleixo, zona norte da capital.

O principal alvo das investigações foi Maronilson Barros Monteiro, conhecido como ‘Mauro’, que se prevalecia da função que exercia, em uma secretaria municipal, para fazer cobranças indevidas de valores a empresários que forneciam urnas para a respectiva secretaria.

Segundo o delegado, o caso foi denunciado pelos empresários, ocasião em que um deles informou que não estava entregando as urnas há mais de três meses, pois ele e os outros fornecedores foram proibidos por ‘Mauro’, visto que os mesmos só poderiam receber pelas vendas das urnas se pagassem o valor da propina estipulado pelo ex-diretor.

“Por meio de denúncia feita ao Ministério Público e posteriormente repassada para nós, ‘Mauro’, o principal suspeito desse esquema criminoso, solicitava dos fornecedores das urnas populares, uma quantia de 10 a 20% do valor total da fatura para que o pagamento da mesma fosse liberado”, explicou Torres.

Conforme a autoridade policial, durante a operação, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência de Maronilson, onde foram recolhidos alguns aparelhos eletrônicos que irão passar por perícia.

“Não podemos afirmar que existam mais pessoas envolvidas nesse esquema criminoso, o que podemos dizer é que tudo ficará esclarecido, a partir das investigações. Vale ressaltar que essa é apenas a primeira fase da operação, pois a corrupção deve ser combatida tanto quanto o tráfico de drogas e os demais crimes, porque um crime num serviço desses, principalmente no momento em que estamos vivendo, a gente não pode tolerar”, disse Guilherme.

Os mandados foram expedidos no dia 29 de outubro de 2020, pelo juiz André Luiz Nogueira Borges de Campos, da Central de Inquéritos.

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