Outubro Rosa leva prevenção à comunidade indígena de Tabatinga

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam), em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei Alto Solimões), realiza, nesta sexta-feira (16), uma ação voltada às mulheres da comunidade indígena Umariacu 2, em Tabatinga, a 1.105 quilômetros de Manaus. Na ocasião, um grupo de indígenas será encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Governo do Estado, no município, para a realização dos exames de mamografia e Papanicolau (preventivo), que podem detectar os cânceres de mama e de colo uterino, respectivamente.

A atividade, articulada pela Susam, através da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), faz parte da programação da campanha Outubro Rosa, desenvolvida em parceria com diversas instituições públicas, privadas e Organizações não Governamentais (ONGs) no Amazonas, a exemplo da Rede Feminina de Combate ao Câncer e Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc), explicou o diretor-presidente da FCecon, pneumologista Edson de Oliveira Andrade.

A comunidade onde as indígenas foram selecionadas será iluminada de rosa, na noite desta quinta-feira, simbolizando o movimento que acontece, durante todo este mês, em várias partes do mundo, simultaneamente. O objetivo, de acordo com a chefe do Departamento de Prevenção e Controle do Câncer (DPCC-FCecon) e presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, enfermeira Marília Muniz, é chamar a atenção das mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, no caso do Amazonas, do câncer de colo uterino, o mais incidente entre as mulheres do Estado.
Prevenção

Segundo o diretor-presidente da FCecon, pneumologista Edson de Oliveira Andrade, é importante que os exames preventivos se tornem uma rotina também entre as mulheres indígenas que, apesar de serem minoria na estatística do câncer, não estão livres de desenvolverem a doença, inclusive por conta do fator hereditário.

“A população indígena feminina tem menor probabilidade de desenvolver qualquer tipo de câncer, em função do seu estilo de vida, considerado mais saudável. Além disso, no caso específico do câncer de mama, as chances são reduzidas, já que elas ficam grávidas muito cedo e, o ato de amamentar, reduz a chance de se desenvolver a doença. Porém, ela continua existindo”, explica. De acordo com ele, diferente dos demais tipos de câncer, que dependem, por exemplo, de fatores externos para aparecerem, o de mama não tem prevenção. “A orientação é que o diagnóstico seja feito da forma mais precoce possível, aumentando as chances de cura da paciente”, destacou.

Já no caso do câncer de colo uterino, ele reforça a importância do exame preventivo, que pode apontar a presença do vírus HPV, responsável pela maioria dos casos de câncer de colo uterino no mundo. “A presença do vírus não significa que a mulher vai desenvolver um câncer. Basta o acompanhamento rotineiro para que se detecte eventuais lesões no colo uterino, que possam ser tratadas antes de evoluir para uma neoplasia. Ninguém precisa ter câncer de colo de útero, pois ele é um dos tipos da doença considerado 100% prevenível”, assegurou.

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