O papa Francisco lembrou nesta quinta-feira, 25, os cristãos perseguidos no Iraque e na Síria, o conflito ucraniano, a epidemia do ebola e as crianças que sofrem abusos, durante sua tradicional mensagem de Natal lida da varanda da Basílica de São Pedro para a bênção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo).
“Verdadeiramente há tantas lágrimas neste Natal juntamente com as lágrimas do Menino Jesus”, exclamou.
Perante mais de 80 mil fiéis que abarrotaram a Praça de São Pedro hoje, Francisco rogou a Deus pelos lugares castigados pelas guerras e começou por Iraque e Síria.
“Ao Salvador do mundo, peço que olhe para os nossos irmãos e irmãs do Iraque e da Síria, que há tanto tempo sofrem os efeitos do conflito em curso. Que o Natal lhes dê esperança, como aos inúmeros desalojados, deslocados e refugiados, crianças, adultos e idosos, da região e do mundo inteiro”, disse o pontífice.
Ele também lembrou os conflitos na Terra Santa, na Ucrânia e as guerras no continente africano.
Na mensagem de seu segundo Natal como pontífice, ele falou sobre as vítimas de violência, feitas objeto de comércio ilícito e tráfico de pessoas ou forçadas a se transformar em soldados e as muitas crianças abusadas. O pontífice pediu ainda conforto às famílias das crianças que, na semana passada, foram assassinadas em uma escola no Paquistão.
“O meu pensamento vai a todas as crianças hoje mortas e maltratadas, quer aquelas antes de ver a luz, privadas do amor generoso dos seus pais e sepultadas no egoísmo de uma cultura que não ama a vida, quer aquelas crianças deslocadas por causa das guerras e das perseguições, abusadas e exploradas, sob os nossos olhos e o nosso silêncio cúmplice, e às crianças massacradas sob os bombardeamentos também lá onde nasceu o Filho de Deus”, rezou com a voz notadamente entristecida.
O papa pediu ainda acompanhamento para todos os que sofrem com alguma doença, especialmente os atingidos pela epidemia de ebola, sobretudo, em Libéria, Serra Leoa e Guiné.
“Ao mesmo tempo em que do íntimo do coração agradeço àqueles que estão trabalhando corajosamente para assistir os doentes e os seus familiares, renovo um premente apelo a que sejam garantidas a assistência e as terapias necessárias”. /EFE