Apesar da orientação da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo de que os trios não deveriam levar faixas com mensagens contra políticos, pelo menos dois carros traziam cartazes contra o presidente interino Michel Temer.
No carro da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, algumas pessoas exibem timidamente cartazes com os dizeres “Temer jamais” e “Marta traria”.Ramon, 39, estudante de direito exibe um cartaz com a frase “Volta Querida”. “Vim para que cada dia a homossexualidade possa se tornar mais natural perante as pessoas que ainda têm uma resistência muito grande”, diz ele, que é filiado ao PCdoB.
“Esse cartaz é meu manifesto contra o governo ilegítimo que se apoderou do poder através de um golpe. Vão retroceder nas questões sociais. Quero a Dilma de volta”, completa.
O coletivo Ocupe a Democracia montou uma tenda na Praça do Ciclista. Segundo Vinicius Moraes, 25, historiador e integrante do movimento, a ideia é “propor uma oficina de materiais contra o golpe”.
O grupo estendeu uma faixa contra o presidente interino Michel Temer e está estampando camisetas com estêncil. Entre as opções estão “Amar sem Temer” e “Não pise na democracia”.
O movimento também distribui adesivos lambe-lambe e panfletos afirmando que “esse golpe é transfóbico”.
Além das manifestações contra Michel Temer, há cartazes em apoio ao impeachment de Dilma Rousseff. Francisco de Almeida, 50, surdo-mudo e homossexual, está acampado em frente à FIESP há 75 dias e exibe um cartaz escrito “Gays conservadores do Brasil”.
Também há dizeres em apoio ao juiz Sergio Moro. “Sergio Moro: O Brasil conta com você” e “Respeito e Igualdade. Viva a Liberdade”.