O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, anunciou hoje (9) que os homossexuais e transexuais serão protegidos de discriminação nas tropas militares por meio da adoção de uma “política de igualdade de oportunidades”, no Pentágono.
Foi a primeira vez que o governo norte-americano mencionou a adoção de tal política. O anúncio foi feito durante a reunião anual do grupo LGBT realizada na sede do Pentágono.
Além da política de igualdade, Carter disse que a partir de agora as queixas e denúncias de soldados homossexuais serão investigadas. “A discriminação de qualquer tipo não tem lugar nas Forças Armadas dos Estados Unidos”, afirmou o secretário.
Carter também frisou que a política do dont ask, don’t tell (não pergunte, não comente), implantada pelas Forças Armadas entre 1993 e 2010, já não pode influenciar na maneira como os militares homossexuais são tratados.
A lei revogada proibia que homossexuais ou bissexuais revelassem ou falassem sobre suas relações, enquanto estivessem servindo o Exército norte-americano. Se a norma fosse desobedecida, os militares poderiam ser até mesmo afastados de suas funções ou expulsos das Forças Armadas.
Os defensores dos direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros) afirmam que, apesar de a lei já não estar em vigor, ainda existem casos de expulsão de militares do ambiente das Forças Armadas norte-americanas por causa da orientação sexual, ainda que o afastamento seja mais difícil e dependa de um processo mais amplo que anteriormente.
O secretário de Defesa defendeu que a diversidade é fundamental para garantir a qualidade dos serviços prestados nas tropas militares.