A polêmica que envolveu Novak Djokovic e o Aberto da Austrália, com o sérvio tendo que voltar ao seu país ao ser deportado por não se vacinar, exigência do governo local para os participantes do primeiro Grand Slam do ano, deu uma oportunidade ao “perdedor mais sortudo do mundo”.
O italiano Salvatore Caruso se definiu desta forma ao saber que tinha assumiu a vaga do eneacampeão na competição em Melbourne.
“Sinto muito por Djokovic, mas sei que sou o perdedor mais sortudo do mundo”, ironizou o número 150 do mundo que completou 29 anos em dezembro passado.
Caruso conseguiu sua melhor posição no ranking da ATP em 2020, quando chegou ao número 76 da lista e seus melhores resultados em Grand Slam foram em Roland Garros 2019, quando acabou eliminado justamente por Novak Djokovic, e no US Open 2020, ao ser derrotado pelo russo Andrey Rublev, nas duas oportunidades em jogos da terceira rodada.
O italiano conta que começou a jogar tênis aos seis anos de idade e era conhecido na infância com o apelido de “Salvo estranho” por não gostar de jogar futebol. Seu sonho era ser piloto de Fórmula 1.
A história que poderia ser ainda mais épica teve seu primeiro e último capítulo nesta segunda-feira, quando Caruso foi atropelado pelo compatriota de Djoko, Miomir Kecmanovic por 3 sets a 0 (6/4, 6/2 e 6/1), em pouco menos de 2 horas de jogo. O confronto que era para ser disputado na Rod Laver, principal arena do torneio, foi para uma quadra secundária no complexo.
A participação relâmpago do italiano rendeu aos seus cofres pouco mais de 57 mil euros, o equivalente a 330 mil reais. Um sortudo perdedor, mas com uma boa grana para quem estava fora da competição.
