Pesquisa de intenção de voto carimbada pelo Iveritas Instituto de Pesquisa apareceu em Autazes, “sem lenço e sem documento”, malandramente divulgada para assustar, gerar dúvidas e confusão na decisão do eleitor.
A ardilosa pesquisa – fantasiosa ficaria melhor -, que não informa sequer o período que foi realizada, surge justamente após divulgação da pesquisa da empresa Pontual que, no início de junho, mostrava em todos os cenários simulados larga vantagem favorável ao pré-candidato Thomé Neto.
Um mês depois de conhecido o favoritismo de Thomé, todavia, eis que surge a Iveritas com espalhafatosos números cravando 49,10% de intenção de voto em favor de Wanderllan Sampaio e 38,56% para Thomé Neto.
Um disparate estatístico.
Como crescer repentinamente do dia para a noite num piscar de olhos depois de uma desvantagem de 20 pontos percentuais e assumir a dianteira com 10 pontos de vantagem? Qual a fórmula estatística?
Nem o mago Merlin no esplendor de sua sabedoria e arte de fazer magia seria capaz de tamanha proeza. Parece que nesse mato tem dente de coelho.
No início de junho, Thomé Neto liderava a corrida pela Prefeitura de Autazes com 53,4% contra 34,2% de Wanderlan Sampaio, segundo pesquisa Pontual (ver pesquisa).
O que teria contribuído, então, para o revés no cenário estatístico num período tão curto de um mês? Desespero? Trapaça?
Pode ser, afinal Wanderlan Sampaio, ex-prefeito do município, não perderia nada em jogando sujo, ferindo as regras do ogo eleitoral e da democracia já que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) devido a irregularidades em sua gestão como prefeito.
Num ato de desespero recorreu para se safar da inelegibilidade, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou seu pedido de tutela de urgência.
A juíza Jaiza Fraxe apontou que as provas apresentadas pela defesa de Sampaio, incluindo um suposto laudo de perícia grafotécnica, não eram idôneas e que ele já havia exercido seu direito de defesa anteriormente.
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