Polícia Federal prende advogados e chefão peruano da droga em Manaus e Tabatinga

O chefe de uma criminosa (Orcrim), um peruano de nome ainda não revelado, que atuava com o tráfico internacional de drogas foi preso na manhã desta quinta-feira, 14, pela Polícia Federal durante a execução da operação Betume, deflagrada em Manaus.

Os advogados Ellen Wandrienny de Lima Tavares e João de Melo Cardoso Júnior, acusados de colaborar com o grupo, também foram presos, respectivamente, em Tabatinga e Manaus.

Desde às 6h da manhã, cerca de 100 policiais federais cumprem seis mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária, oito mandados de busca e apreensão e sete mandados de condução coercitiva, além de diversos mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis, imóveis e contas bancárias. Os mandados estão sendo cumpridos em Manaus e Tabatinga, no Amazonas, Tomé-Açu, no Pará, e Curitiba, no Paraná.

A organização criminosa possuía fortes vínculos na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, local em que adquiriam a droga.

A Orcrim adotada um elaborado ‘modus operandi’ para o envio de grandes cargas de cloridrato de cocaína (cocaína de alta pureza, popularmente conhecida como ‘escama de peixe’ ou ‘brilho’) para o exterior.

A droga era oculta no interior de maquinários, cilindros, tambores e outras peças de metal pesado, para impedir ou dificultar a localização nas fiscalizações policiais.

A droga era enviada de Manaus para países da Europa, Ásia, África, Oceania e América do Norte, locais em que o quilo da droga poderia alcançar valores superiores a 100 mil dólares, gerando lucros astronômicos para a Orcrim.

No Brasil foram apreendidas diversas cargas de drogas que se encontravam em processo de exportação para países como Senegal e Austrália, sendo apreendidas também, mediante cooperação internacional, cargas que já haviam deixado o território nacional com destino ao México, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/AM).

Os envolvidos estão sendo indiciados pela prática dos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa.

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