Polícia identifica quatro envolvidos na morte por esquartejamento de suposto estuprador de menina em Fonte Boa

A polícia identificou quatro envolvidos no assassinato de Ronald Gomes Borges, que teve seu corpo esquartejado e queimado por moradores de Fonte Boa (AM) na noite de sexta-feira (17). Ronald Gomes teria confessado para a esposa ter estuprado e matado uma criança de 10 anos.

A partir da análise de imagens, nesta quarta-feira, 22, foram identificados quatro envolvidos; eles ainda não foram presos. De acordo com o delegado Mariolino Brito, diretor de Departamento de Polícia do Interior (DPI), os suspeitos não podem ter a identidade. Eles  estão sendo indiciadas por  homicídio, vilipêndio de cadáver, tentativa de homicídio, incitação ao crime, apologia ao crime e dano qualificado.

“Ali não tem um cidadão de bem. Pode ter um ou outro curioso, mas quem agiu de fato já tem envolvimento com o crime. Cidadão de bem não tem prática em cortar corpo e queimar na rua. Esse ato é uma ação de pessoas ligadas a facções que já possuem essa prática. Até agora os já identificados são ligados a algum tipo de crime”, pontuou Mariolino.

O município segue com o reforço policial autorizado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas desde sábado (18), e ele não tem data para ser desativado. O DPI pediu também a reforma da delegacia, destruída pelos moradores.

Entenda

Ronald Gomes Borges, 28 anos, foi preso em flagrante por estuprar Elcleciane Nascimento Duarte, 10 anos, o crime aconteceu na tarde de quinta-feira (16).

De acordo com informações da polícia, a menina auxiliava a companheira de Ronald na confecções de bolos e biscoitos. Na tarde de quinta-feira (16), Elcleciane estava na cozinha da casa do suspeito, localizada na Rua Oito, bairro Belarmino Lins, quando ele ofereceu R$ 40 para ter relações sexuais com a criança.

No dia seguinte, em momento de revolta e fúria pela morte da menina, algumas pessoas revoltadas, invadiram a delegacia, retiraram o preso do local e o levaram para a rua, onde foi esquartejado e queimado.

Logo após o crime, o chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Ronaldo Negreiros, afirmou que nos vídeos é possível ver um grande número de pessoas entrando na delegacia, ateando fogo às viaturas e jogando pedras.

“O crime em si é hediondo, mas nós somos braço armado do Estado, somos responsáveis por conter, prender e colocar o indivíduo à disposição da justiça. Com essa ação criminosa, quem vai ficar prejudicado pelo trabalho da polícia vai ser a população do município, pois temos viaturas danificadas, uma delegacia danificada. Então nós repudiamos esse ato em si. Um crime não pode justificar a prática de outro crime”, comentou o coronel.

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