É lastimável e ao mesmo tempo repugnante que, nos dias de hoje, na distante Benjamin Constant, lá pelos lados do Alto solimões, região de boa gente, ordeira e pacata, ainda se respire, aqui e acolá a covardia, patrocinada pelos canalhas de plantão, quase sempre conta os indefesos, homens ou mulheres.
Na manhã de sábado, 29, por exemplo, um canalha que se atreve a vestir a farda da respeitosa Polícia Militar do Amazonas, simplesmente investiu toda a sua fúria bestial conta uma indefesa mulher que não quis se curvar às suas intransigências de débil mental.
Essa brava mulher, que teve o braço quebrado pela vergonhosa brutalidade de um tal Gerson ou Jefferson, chama-se Regina da Silva Ferreira, Agente de Saúde da UBS Prim Assis, localizado no Bairro de Bom Jardim.
Regina retornava da casa de um parente quando foi abordada pelo policial desqualificado que, certamente, pelo seu alto grau de covardia, faria o mesmo com a sua respectiva mãe o que fez com a indefesa mulher. E isso, também, é indigno.
Infelizmente, os covardes não escolhem as sua vítimas na hora da covardia.
Mas o que fez Regina pra ter o braço quebrado. Nada, simplesmente nada. O safado quebrou o braço de Regina por que ela é mulher. Não faria o mesmo se tivesse diante de si o Zomba, que não teria medo de o encarar, apesar da idade avançada.
Mas voltemos à história de um covarde em BC.
O policial pediu que parasse pois a sua moto estava presa. Regina quis saber o motivo. E o truculento respondeu que era porque o seu filho foi visto dirigindo o veículo.
Ora ora, senhor guarda, o que tem a ver uma coisa com outra? O menino não foi flagrado pilotando a moto, mas a mão dele, não é mesmo? Logo, não tem motivo nenhum para apreender o veículo.
Foi aí que o cafajeste entrou em ação.
Ele desceu da viatura, irado, forçou tirar a chave da moto e, como não a obteve, partiu para a maldita violência. De um só golpe, ele a imobilizou, levou o braço da vítima pra trás e, ponto final.
Contorcendo-se em dor, Regina foi levada para o hospital de BC e, em seguida, encaminhada para o hospital de Tabatinga, onde os recursos médicos de urgência e emergência são mais eficientes.
Regina já está em casa, como o braço imobilizado. O covarde, também, está em casa, livre e fagueiro, como se nada tivesse acontecido.