O mês de fevereiro é conhecido pela alegria, folia e consumo livre de álcool por conta das inúmeras festas em todo o País. No entanto, a substância pode causar uma série de danos ao organismo por conta da desidratação, incluindo o ressecamento de estruturas do corpo até problemas sérios no fígado e nos rins.
De acordo com o urologista Flávio Antunes, a ingestão de álcool afeta a função do fígado – que, além de digerir a bebida alcoólica, também é responsável pelo metabolismo de gordura.
“Seu fígado não consegue processar a gordura de maneira tão rápida e eficientemente, pois estará, também, trabalhando para expelir o álcool. Como consequência, ocorre a desaceleração do metabolismo, levando, inclusive, ao acúmulo de gordura.
Nas últimas duas décadas houve um aumento considerável do consumo de bebida alcoólica, especialmente entre jovens. O crescimento mais significativo foi entre mulheres, que hoje ingerem álcool na mesma proporção que os homens. O consumo abusivo de álcool pelas brasileiras aumentou 4,25% de 2010 a 2020. O país figura entre os 10 com o maior consumo de álcool do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde.
“A maior concentração no sangue costuma ser atingida 30 a 90 minutos após o consumo, mas o álcool pode permanecer no corpo por até 18 horas. O recomendado é apostar na moderação e não tornar o ato esporádico de beber em uma rotina”.
Está associado ao consumo de álcool o risco de distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças graves como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito.
Conforme Antunes, o segredo para curtir esse período de festa sem ter complicações na saúde é hidratar-se de maneira adequada, consumindo pelo menos dois litros de água ao dia, diminuir o consumo de bebida e comer alimentos mais leves, como frutas, legumes e carnes magras. Além disso, você deve procurar ajuda médica caso tenha algum dos sintomas de crise renal.