O estado de felicidade reinante entre o senador Eduardo Braga (PMDB) e os “cangaceiros” Praciano (PT) e Alfredo Nascimento (PR), antes, durante e após a votação da PEC da ZFM, fica mais do que evidente a capacidade do líder do governo no Senado de aglutinar em torno de si forças divergentes e antagônicas quando os interesses do Amazonas falam mais alto.
É claro que os mais renitentes, contaminados pela soberba político partidária e pelo mal crônico da dor de cotovelo, não participaram dessa alegria, mas colocaram suas barba de molho.
E não é pra menos. Afinal, o PT “de Praciano” já fechou com o PMDB de Braga, isso a partir do plano federal. E não é de estranhar que esses parceiros marchem juntos no Amazonas.
Da mesma forma o PCdoB, que tem no PT a sua raiz, que lhe proporciona a seiva, e tem no PMDB as suas folhagens, que lhe fornece sombra e sustentação mesmo que de maneira involuntária.
Embora Alfredo esteja propenso a tentar uma vaga de deputado federal, nada impede que se lance em chapa ao Senado em coligação com Braga. Afinal, já são “companheiros” lá, onde funciona um espécie de “clube”.
Numa composição como essa, Praciano, também, teria melhores chances de renovar seu mandato de deputado federal.
Numa situação inversa, Alfredo, como tem mostrado as pesquisas, ficaria a cavaleiro para disputar uma vaga de deputado e o velho e carismático “Praça”, que vem de um sólida carreira política, uma cadeira no Senado.
Isso acomodaria bem toda a situação entre os candidatos a federal, como Henrique Oliveira e outros e irrigaria a campanha de Braga.
Com a ida da PEC ao Senado, Braga se coloca como peça principal nessa mexida no tabuleiro do xadrez político local, deixando Melo a “ver navios”.
