247 com Reuters – A Polícia Federal prendeu 10 pessoas nesta terça-feira no âmbito da operação Fantoche, que apura irregularidades em contratos que somam 400 milhões de reais firmados com o Ministério do Turismo e com o Sistema S, informou a PF em nota. Um dos principais alvo da ação é o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade. Em nota, a CNI informou “que não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido”.
De acordo com a corporação, um grupo de empresas do mesmo núcleo familiar atuou desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com a pasta e com o Sistema S.
“A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada”, disse a PF.
“Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de 400 milhões de reais decorrentes desses contratos”, acrescentou a PF sobre a operação, realizada em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU).
A corporação disse que 213 agentes foram mobilizados, assim como 8 auditores do TCU, para o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.
A operação foi determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens e valores dos investigados nas irregularidades.
Confira a íntegra da nota da CNI sobre o assunto
“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília, prestando esclarecimentos sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira (19/02). A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades.”