A produção industrial brasileira avançou em março em 11 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19) pela instituição.
O IBGE já havia divulgado que a produção industrial do país avançou 1,1% na passagem de fevereiro para março. Foi o primeiro resultado positivo após dois negativos em sequência, resultando em uma queda acumulada de 0,5%.
Na comparação com março do ano passado, a produção industrial cresceu 0,9%. Com isso, a indústria do país está 1,3% abaixo do patamar pré-pandemia e 17,9% do nível recorde da série histórica, alcançado em maio de 2011.
Os maiores avanços foram em Mato Grosso (9,3%), Amazonas (8,7%) e Pernambuco (8,1%).
Região Nordeste (6,8%), Bahia (5,6%), Rio Grande do Sul (5,6%), Pará (4,3%), Ceará (4,0%) e Minas Gerais (1,5%) também mostraram taxas positivas mais elevadas do que a média nacional (1,1%), enquanto Rio de Janeiro (0,7%) e São Paulo (0,2%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em março de 2023.
Por outro lado, Espírito Santo (-1,8%), Santa Catarina (-1,4%), Goiás (-1,4%) e Paraná (-1,3%) assinalaram os resultados negativos neste mês.
O índice de média móvel trimestral para a indústria foi de 0,2% no trimestre encerrado em março de 2023 frente ao nível do mês anterior, após registrar -0,2% em fevereiro e 0,0% em janeiro. Houve taxas positivas em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para Pernambuco (9,9%), Amazonas (5,7%), Região Nordeste (5,1%), Espírito Santo (5,1%), Bahia (3,5%), Pará (2,8%) e Minas Gerais (2,1%). Já os principais recuos vieram de Rio Grande do Sul (-2,3%) e São Paulo (-1,2%).
Em relação a março de 2022, a indústria cresceu 0,9%, com resultados positivos em nove dos 18 locais pesquisados. Março de 2023 (23 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (22). Nesse mês, Amazonas (23,5%), Mato Grosso do Sul (8,6%), Minas Gerais (7,3%), Mato Grosso (6,7%), Maranhão (6,6%), Rio de Janeiro (5,8%), Pará (3,1%) e Rio Grande do Norte (1,3%) registraram taxas positivas acima da média nacional. Bahia (0,7%) completou o conjunto de locais em alta.
Na comparação com o último trimestre de 2022 com o primeiro trimestre de 2023, cinco dos 15 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando, assim, o movimento observado no total nacional, que passou de 0,6% para -0,4%. São Paulo (de 5,8% para -3,0%), Mato Grosso (de 1,0% para -7,4%) e Rio Grande do Sul (de -1,8% para -9,2%) apontaram as perdas mais acentuadas, enquanto Pernambuco (de -18,5% para -3,3%), Amazonas (de 0,6% para 14,8%), Espírito Santo (de -16,7% para -2,9%), Paraná (de -10,8% para -0,3%), Região Nordeste (de -12,2% para -4,2%), Ceará (de -11,0% para -4,3%) e Pará (de -8,7% para -2,2%) assinalaram os principais avanços.
O acumulado nos últimos 12 meses teve variação nula (0,0%) em março de 2023. Nove dos 15 locais pesquisados registraram taxas negativas em março de 2023, mas seis apontaram maior dinamismo frente aos índices de fevereiro de 2023. Amazonas (de 4,8% para 7,5%), Pará (de -7,7% para -7,0%), Santa Catarina (de -4,1% para -3,7%) e Minas Gerais (de 0,6% para 1,1%) assinalaram os maiores ganhos entre fevereiro e março de 2023, enquanto Pernambuco (de -2,1% para -3,3%), Goiás (de -0,9% para -2,1%),Rio Grande do Sul (de -0,3% para -1,2%), Bahia (de 1,2% para 0,6%), Mato Grosso (de 10,7% para 10,2%), Região Nordeste (de -0,7% para -1,2%) e Ceará (de -3,0% para -3,4%) mostraram as principais perdas.