Professores da UEA são barrados pela Rocam na sede do governo

A precarização do ensino da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e o cumprimento da Lei do reajuste salarial, assinado antes das eleições pelo governador José Melo (PROS), levou mais de 50 professores do Sindicato dos Docentes nesta terça-feira (10), para cobrar cumprimento do acordoem frente da sede do Governo do Estado.

Mas o ato, realizado para protocolar um documento, acabou em confusão.

Policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (ROCAM), acionados por determinação do governador, impediram a entrada dos professores na sede.

“Apareceu um grande número de policiais no local e, com truculência, impediram o nosso direito constitucional de ir e vir, fato registrado em Boletim de Ocorrência pelos professores agredidos”, comentou o professor Marcelo. “Até o tickt alimentação dos professores foi pago com atraso neste mês”, completa.

“Ninguém estava protestando de forma calorosa. Queríamos só entrar”, disse Marcelo, informando que depois de mais de uma hora e meia de discussão com os policiais militares veio a ordem para que o grupo de professores entrassem na sede do governo para protocolizar o documento.

Segundo os professores, o PCCR da categoria já foi aprovado, mas nunca foi cumprido. “Os dissídios estão há três anos com pagamento atrasado e o reajuste salarial também tem déficit de três anos”, denunciam.

Por meio de nota, o Governo do Estado declarou que os professores foram recebidos pelo chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, e que foi definida a criação de uma comissão permanente para discutir as demandas. No próximo dia 17, terça-feira que vem, haverá uma reunião entre os professores e representantes da Secretarias de Estado de Fazenda (Sefaz), de Planejamento (Seplancti) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), além da Casa Civil.

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