Professores têm desafio de ensinar cultura afro-brasileira, diz diretora

Na região onde existiu o maior e mais duradouro quilombo das Américas, o Quilombo dos Palmares, professores têm o desafio de ensinar a história afro-brasileira nas escolas. Se no final do século 16, o local era de luta e resistência contra a escravidão, falta hoje autoestima aos jovens e a valorização da própria história, segundo a diretora da escola municipal Pedro Pereira da Silva, Maria Luciete Santos. Ela participou hoje (4) da Reunião Ordinária Itinerante do Conselho Nacional de Educação (CNE), que começou ontem e vai até quinta-feira (6), em Maceió. Hoje uma comitiva visitou a Serra da Barriga.

“Às vezes o preconceito vem deles mesmos. Eles não se reconhecem, não veem o próprio potencial. Eles não tinham ideia do que era a história deles, do que foi a Serra da Barriga”, diz. A escola fica na comunidade quilombola do Muquém, em União dos Palmares, Alagoas. Próximo, está Parque Memorial Quilombo dos Palmares, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no alto da Serra.

A comunidade recebeu simbolicamente duas normas do CNE, aprovadas e homologadas pelo Ministério da Educação (MEC), a primeira, de 2004, que trata da educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. A segunda, trata da educação quilombola e é de 2012.

O ensino da história afro-brasileira está na lei 10.639/2003, que estabelece que a questão deve ser tratada não como uma disciplina isolada, mas estar presente em todo o currículo escolar.

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