A empresa estatal cubana de telecomunicações Etecsa anunciou nessa segunda-feira (19) que lançará um programa piloto para conectar 2 mil casas na capital, Havana, à internet. A informação é da Agência Xinhua, da China.
Até agora, o acesso à internet em casa era um luxo concedido apenas a funcionários superiores e profissionais como médicos, jornalistas e acadêmicos, principalmente devido à falta de infraestrutura, com a média de cubanos se conectando a hotspots Wi-Fi e cibercafés.
Ana Maria Mendez, funcionária da Etecsa, disse que nos próximos dias as residências selecionadas no bairro antigo da cidade serão ligadas, sem custo, para que os moradores possam se conectar de suas casas, de acordo com o site de notícias Cubadebate.
As residências foram escolhidas pelo acesso à infraestrutura já implantada pela Etecsa, disse ela. “Este programa piloto de acesso domiciliar à internet exige uma linha dedicada para cada cliente e tecnologia ADSL”, acrescentou.
Os usuários terão acesso gratuito por mês e pagarão adicional de 1,50 CUC – a moeda cubana – (US$ 1,5) por hora, de acordo com a quantidade de uso de dados.
“Este programa permitirá à nossa empresa avaliar a possibilidade de expandir o serviço para outras áreas do país,” disse Ana Maria.
Na semana passada, a Etecsa assinou acordo para acelerar o acesso local ao conteúdo online do Google.
A empresa cubana também informou ontem que está diminuindo o preço do acesso Wi-Fi de 2 CUC por hora para 1,5 CUC (US$ 1,5).
As sanções dos Estados Unidos contra Cuba obrigaram o país, durante anos, a se conectar à internet por satélite, o que era muito precário e limitou o serviço. Em 2013, a Venezuela ajudou a ilha a ter acesso à sua própria infraestrutura, colocando um cabo submarino de fibra óptica.
Washington oficialmente estreitou os laços com Havana em 2015, e as empresas de telecomunicações norte-americanas têm aproveitado a reaproximação para expandir seu mercado.