Prosamim como moeda de troca (escambo) na sucessão estadual, será?

Conversas que circulam nos bastidores da política e que gravitam em torno do novo governo que ora se instala, sob a batuta do professor José Melo, são no mínimo estarrecedoras e preocupantes sob o ponto de vista decência, da honestidade e, sobretudo, da saúde pública, administrativa e política do estado.

Difícil é acreditar nessas conversas, de que o novo governo, antes mesmo de tomar posse, foi transformado num grande balcão de barganha política, montado única e exclusivamente para garantir a reeleição que se vislumbra.

Difícil é acreditar que o Prosamim – um projeto do mais relevante alcance social, voltado, na sua essência, para tirar da lama e, por via de consequência, da indigência social, famílias que esperam uma oportunidade para gozarem da verdadeira cidadania, seja transformado em instrumento manipulação política.

Difícil é acreditar mais ainda que o professor José Melo, agora governador, lance mãos das unidades habitacionais do Prosamin para obter o apoio de vereadores do interior do estado.

Isso não é bom para ninguém, muito menos para o estado. Transformar as unidades habitacionais do Prosamim em instrumento de barganha é um jogo que pode prejudicar o Estado nas negociações com o BID, instituição rigorosa na fiscalização de suas obras.

Agora, desprezá-las (as conversas), fechar os olhos e tapar os ouvidos para elas, é temeroso. Afinal onde há fumaça há fogo.

 

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