247 – As manifestações da população do Chile contra a política neoliberal do presidente Sebastián Piñera reunem centenas de milhares de pessoas nesta sexta-feira (25) no centro de Santiago. Imagens nas redes sociais mostram uma multidão na Praça Itália, na capital chilena e uma bandeira do país onde se lê “Chile despertou”.
Segundo perfil oficial da prefeitura de Santiago, cerca de 500 mil pessoas participam no momento dos protestos.
A sede do Congresso do Chile, em Valparaíso, foi esvaziada nesta sexta-feira (25) devido aos protestos violentos que ocorrem do lado de fora do prédio. As sessões parlamentares estão suspensas. Houve confronto entre manifestantes e forças de segurança, e ao menos dois policiais estão feridos .
O governo do Chile confirmou a morte de mais uma pessoa durante as manifestações que tomam conta do país, elevando o número oficial de mortos para 19.
A vítima, identificada como Agustín Coro, teria levado um tiro na cabeça durante um saque em um estabelecimento comercial, explicou a autoridade.
“De acordo com informações antecipadas pelo promotor, a vítima foi ferida em legítima defesa pelo proprietário do local, que tem sua arma registrada”, disse Rodrigo Ubilla, subsecretário do Interior, em uma coletiva de imprensa e citado pela Sputnik Mundo.
Além disso, o representante do governo informou que, na noite de 24 de outubro e na madrugada de 25 de outubro, 542 pessoas foram presas e 33 civis ficaram feridos em diferentes ocasiões.
O Ministério das Relações Exteriores do Peru divulgou um comunicado à imprensa informando a morte de Coro e outras duas mortes no Chile.
No entanto, o governo do presidente Sebastián Piñera reconheceu apenas duas mortes de peruanos.
A mesma situação ocorreu com o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, que comunicou a morte de dois de seus cidadãos no Chile, mas suas mortes não foram adicionadas à lista.
As mobilizações tiveram início em 14 de outubro, em função do aumento da tarifa do metrô de Santiago. Apesar de Piñera ter recuado no aumento dos preços e ter proposto medidas sociais, os protestos continuam, apesar da fortíssima repressão policial e do exército.
Assista às manifestações ao vivo: