247 – A bancada do PSOL na Câmara anunciou que fará um requerimento para que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, seja convocado ao Congresso Nacional para explicar a ausência do miliciano foragido Adriano da Nóbrega na lista de 27 pessoas mais procuradas da Justiça, divulgada pelo ministro.
Apontado como comandante do Escritório do Crime, milícia mais antiga e bem estruturada do Rio de Janeiro, Adriano é ligado ao clã Jair Bolsonaro através de um de seus filhos, o atual senador Flávio Bolsonaro.
A mãe e a esposa de Adriano da Nóbrega trabalhavam no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro até 2018. Além disso, o miliciano foi homenageado por Flávio com a Medalha Tiradentes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em 2003.
Segundo o Ministério da Justiça, o ex-capitão do Bope não foi incluído porque “as acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”. Mas o próprio ministério colocou em sua lista dois outros milicianos que atuam apenas no Rio de Janeiro.
De acordo com o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que apresentará o pedido do PSOL nesta semana, não existe justificativa pela ausência. “Se há qualquer criminoso do Rio de Janeiro na lista de mais procurados, tem que estar também o Adriano.”