Basta uma caminhada no centro da cidade para perceber o abandono da capital amazonense por parte do poder público. Exemplo é a tradicional feira da Banana, onde há anos os trabalhadores aguardavam por melhorias e, este ano, a Prefeitura de Manaus iniciou serviços de manutenção no local, mas deixou a obra inacabada.
“A feira da Banana é um exemplo claro do abandono que enfrentamos. Prometeram melhorias, iniciaram uma reforma, mas nada foi concluído. E, como se não bastasse, colocaram uma placa na entrada como se a obra estivesse finalizada. Não podemos permitir que continuem fingindo cuidar da nossa cidade e da nossa qualidade de vida”, afirmou a candidata a vice-prefeita de Manaus pela coligação PL-Novo, professora Maria do Carmo Seffair, que na tarde de ontem (quarta-feira, 14/8), visitou o local a convite dos feirantes.
A empresária ouviu relatos dos trabalhadores, que denunciaram a falta de apoio, insegurança e o abandono por parte da prefeitura em relação a uma reforma no espaço. “Tenho visitado muitas feiras em Manaus, e o que vejo é sempre a mesma coisa: o manauara é um povo trabalhador, e essas feiras são um importante polo para a economia da cidade. É por meio do suor desse povo que a cidade se move. No entanto, eles continuam sendo deixados de lado, abandonados em um mar de promessas não cumpridas”, destacou a candidata.
Madalena Albuquerque, feirante na feira da Banana há 30 anos, reforçou que a reforma se tornou apenas mais uma das promessas vazias da prefeitura.
“Prometeram reformar a área onde ficam os lanches, mas o que aconteceu foi que só concluíram metade, e o restante ficou abandonado. Agora, o que vemos é que essa parte, que deveria ser reformada, está toda descuidada”, reclamou Madalena.
A insegurança também foi uma das principais reclamações dos feirantes e, durante a visita, um carro da comitiva foi furtado. “Essa falta de segurança é constante aqui na região. As pessoas vêm fazer compras, estacionam seus carros e já ficam preocupadas com a insegurança. Os carros são arrombados, é um cenário de abandono mesmo”, completou Madalena.
Juliana Albuquerque, que trabalha junto com Madalena, disse que nem mesmo a higiene básica recebeu a devida atenção da Prefeitura de Manaus. “Disseram que iam ajeitar tudo: colocar um jardim, organizar a área dos lanches, melhorar os banheiros, mas nada disso foi feito, nunca. E quando chove, alaga tudo aqui”, contou.
Experiência e competência para administrar
Apesar das dificuldades, a conversa na feira também trouxe um sopro de esperança para os trabalhadores. Selina Nascimento, que trabalha na feira há 40 anos, vê em Maria do Carmo uma possibilidade de uma Manaus melhor.
“Para mim, ela tem tudo para ser uma grande vice-prefeita. Assim como eu, começou de baixo e cresceu na vida. É um espelho para nós, que sonhamos com uma vida e uma cidade melhor”, declarou Selina.
A candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada pelo capitão Alberto Neto, destacou outro aspecto importante das feiras: o potencial de atrair turistas, já que esses locais muitas vezes são o primeiro contato dos visitantes com Manaus.
“O que mais vejo nessas feiras é que elas atraem muitos turistas, principalmente no Centro, mas quando chegam o que encontram é abandono, é descaso da prefeitura. Eles não têm essa visão. Valorizar nossas feiras e nossos feirantes é valorizar Manaus”, defendeu Maria do Carmo.
“Podem ter certeza de que vamos mudar esse cenário. Não vamos viver nesse ciclo de promessas não cumpridas. Eu e Alberto vamos transformar essa cidade e devolver a ordem e progresso aos manauaras”, finalizou.