247 – A agressividade de Eduardo Bolsonaro mesmo no dia da morte do neto do ex-presidente Lula, Arthur, de 7 anos, revela não apenas que não há limite para o ódio na família do presidente da República, mas que o ataque pode se voltar contra ele próprio, que passou a ser alvo de duas críticas mesmo entre apoiadores.
Para o jornalista Reinaldo Azevedo, Eduardo Bolsonaro estimula a boçalidade e a cultura da agressividade. “Há coisas que dão nojo. Eu senti nojo lendo isso”, disse Reinaldo, sobre o tuíte de Eduardo. Na rede social, Eduardo criticou a saída de Lula da prisão “escoltado pela PF” para ir ao velório do neto. Reinaldo diz que se ele, Eduardo, for preso, ou seu irmão, Flávio, ele terá o mesmo direito.
“Rapaz, você está com um problema muito grave. E aí seu problema não é ser de extrema-direita, só. Não é se meter em assuntos da administração e criar constrangimentos para o seu pai, seu problema vai muito além disso. Você estimula a boçalidade de outros. Você estimula a cultura da agressividade, da não empatia pelo outro. O outro que se dane, tem que ser destruído mesmo”, critica.
O jornalista lembra até que a doença que matou o neto de Lula foi um “flagelo” durante a ditadura, regime que Bolsonaro defendeu, como lembra, e que ela chegou a ser até escondida pelos militares.