O gás sarin ou uma substância similar foi encontrado em amostras recolhidas no local do suposto ataque químico cometido na semana passada na Síria e analisadas por cientistas britânicos, segundo revelou hoje (12) o Reino Unido à Agência EFE.
“O Reino Unido, portanto, compartilha a análise dos Estados Unidos [EUA] de que é altamente provável que o regime [do líder sírio Bashar al-Assad] é responsável por um ataque com sarin”, disse o embaixador britânico na ONU, Matthew Rycroft, em discurso no Conselho de Segurança.
Constatação dos EUA
Os EUA consideram que as forças do presidente sírio Bashar al-Assad utilizaram esse tipo de arma química na localidade de Khan Sheikhoun. O país considera que a Rússia, provavelmente, sabia com antecedência do ataque.
Funcionários do Conselho de Segurança Nacional dos EUA declararam ontem (11) à imprensa que têm “provas fisiológicas” de que o regime sírio usou gás sarin contra a população em uma área de domínio rebelde e que existem inúmeras evidências que indicam a autoria de Damasco.
Segundo Rycroft, especialistas britânicos tiveram acesso a amostras recolhidas no local do ataque e as análises também confirmaram a presença de sarin ou de um agente neurotóxico similar.
Reino Unido, França e Esstados Unidos propuseram ao Conselho de Segurança uma resolução sobre o ocorrido em Khan Sheikhoun, um texto que está previsto para ser votado hoje mesmo, e que a Rússia deve vetar.
Apesar de os países ocidentais terem culpado Assad pelo ataque, a minuta não indica nenhum responsável e se concentra em condenar o episódio e a pedir cooperação com a investigação internacional.