Na última segunda-feira, 19 de fevereiro, o requerimento n° 656, proposto pelo vereador Rodrigo Guedes (Podemos), visando convocar o Prefeito de Manaus, David Almeida, para prestar esclarecimentos sobre sua recente viagem ao Caribe com um fornecedor do Executivo, foi rejeitado pela base de vereadores na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O requerimento apresentado por Guedes tinha como objetivo solicitar explicações sobre a viagem do Prefeito durante o feriado de Carnaval para a ilha de Saint Marteen, no Caribe, a qual foi financiada pelo empresário e fornecedor da Prefeitura de Manaus, Roberto de Souza Lopes. Durante a estadia, o Prefeito esteve acompanhado de sua esposa e desfrutou de diversas atividades, inclusive utilizando um carro conversível para se locomover na região.
Essa viagem do Prefeito atraiu uma atenção negativa em âmbito nacional para Manaus, dado que o empresário Roberto Lopes, responsável por custeá-la, possui contratos de serviços com a Prefeitura.
Apesar dos esforços de Guedes em requerer a convocação do Prefeito para esclarecer os detalhes e custos dessa viagem, a proposta foi rejeitada pelos vereadores da base do Prefeito, com 19 votos contrários e 13 a favor.
Em sua declaração, o vereador Rodrigo Guedes expressou sua insatisfação com a decisão da Câmara: “Infelizmente, os vereadores se recusam a questionar o Prefeito sobre essa viagem. O Prefeito está agindo de maneira questionável com o dinheiro público, o que configura corrupção passiva, mas a Câmara se recusa a investigar. Vamos denunciar a situação ao Ministério Público e exigir que a resposta seja dada à população, já que o Prefeito não possui a dignidade de fazê-lo. Cobraremos resposta e punição sobre essa situação espúria e promíscua. O que o Prefeito fez foi um caso muito claro de corrupção passiva.”
A recusa em convocar o Prefeito para esclarecimentos ressalta as tensões políticas na cidade e levanta preocupações sobre a transparência e a prestação de contas da administração municipal. O episódio também destaca a importância do papel do legislativo municipal na fiscalização e no controle das ações do poder executivo.
