Retomada do estudo da vacina de Oxford é aprovado pela Anvisa

Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste sábado (12.set.2020) a retomada do estudo clínico da vacina desenvolvida conjuntamente pela universidade de Oxford e pela empresa AstraZeneca. A decisão foi tomada durante a tarde e considerou as informações recebidas da agência reguladora britânica (MHRA), do Comitê Independente de Segurança do estudo clínico e da empresa farmacêutica.

“Após avaliar os dados do evento adverso, sua causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no estudo, a Anvisa concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e, por isso, o estudo poderá ser retomado”, disse a agência em nota.

Os testes da vacina foram suspensos na 3ª feira (8.set.2020) depois que 1 dos voluntários teve uma reação adversa. Neste sábado, Oxford informou que os testes serão retomados.

Com a autorização, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) poderá retomar os testes da vacina contra covid-19.

NO BRASIL

Ao todo 5 mil voluntários participam dos estudos clínicos da vacina no Brasil. Depois da suspensão dos testes, a Unifesp comunicou que não houve notificação de efeitos adversos entre os voluntários brasileiros.

O governo federal abriu crédito de R$ 1,9 bilhão para adquirir 100 milhões de doses da vacina e a tecnologia para produzi-la no país. A expectativa era que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) iniciasse a fabricação em abril de 2021.

O Brasil firmou acordo com o laboratório responsável pela vacina, AstraZeneca, envolvendo a aquisição de 30 milhões de doses independentemente do resultado dos testes e de incorporação de tecnologia para a fabricação pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) de mais 70 milhões de unidades a depender do êxito do ensaio clínico.

PERCEPÇÃO SOBRE A VACINA

Pesquisa do PoderData publicada em 21 de agosto mostrou que 82% dos brasileiros “com certeza tomariam”uma vacina contra a covid-19 se estivesse disponível. Outros 7% dizem que “com certeza não tomariam” e 11% não souberam ou não responderam. No estudo realizado de 6 a 8 de julho, 85% afirmaram que tomariam a vacina assim que disponível.

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